Se a história deste romance nos fosse contada por Jed Martin, talvez ele começasse por falar da avaria da caldeira do seu apartamento, num dia 15 de Dezembro. Ou dos solitários Natais passados com o pai, um arquitecto famoso que sonha construir cidades fantásticas mas ganha a vida a projectar resorts de férias.
Talvez não falasse do suicídio da mãe quando tinha apenas sete anos, porque são muito ténues as recordações que dela guarda. Mas mencionaria certamente Olga, uma lindíssima russa, que conheceu por ocasião da primeira exposição do seu trabalho fotográfico baseado nos mapas de estradas Michelin. Apesar de indiferente à fama e à fortuna, Jed poderia mencionar o êxito estrondoso que alcançou com uma série de quadros de célebres personalidades de todos os meios, retratadas no exercício da sua profissão. Um dos retratados é Michel Houellebecq (sim, o autor), num trabalho conjunto que mudará a vida de ambos: fonte de vida para um e razão de morte para outro.
Confrontado com o homicídio de uma pessoa próxima de si, Jed não poderia deixar de incluir no seu relato como ajudou o comissário Jasselin a esclarecer esse crime hediondo, cujo cenário aterrador deixou marcas profundas nas equipas da Polícia.
Em O mapa e o território, Houellebecq regressa aos temas que lhe são mais caros – a solidão, os limites das relações amorosas, o absurdo mundo em que vivemos – para pintar um retrato mordaz mas contido da sociedade contemporânea.
Os elogios da crítica:
«Houellebecq, está na hora de o dizer, é o melhor escritor francês da actualidade.» — El País
«Um autor verdadeiramente original.» — The Guardian
«Descreve com uma frieza clínica a miséria afectiva e sexual do homem moderno, e a sua solidão absoluta.» — Libération
«Sem emoção aparente, mas com uma intensa vitalidade, Houllebecq aponta o dedo aos desvios e às monstruosidades da modernidade. (…) Houellebecq constrói uma narrativa de uma força, um humor e uma inventividade notáveis.» — Le Monde
«Esperávamos uma bomba, mas afinal é um fogo de artifício de humor, sarcasmo e melancolia.» — Le Nouvel Observateur
«Um livro maravilhosamente escrito, e muito inspirador em virtude do seu pessimismo.» — Spectator
«Capta com apurada sensibilidade os murmúrios do mundo, as suas metamorfoses e as suas vaidades.» — L’Express
«Um dos livros mais complexos, ricos e estimulantes dos últimos tempos.» — El País
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