O cenário é uma Londres vibrante, cidade de todas as possibilidades, e onde é, contudo, fácil afundarmo-nos na solidão, no descaminho, no escuro. Aí se entretecem histórias enigmáticas, a espaços claustrofóbicas, de gente cheia de segredos: um desconhecido com quem o protagonista mantém conversas telefónicas; um casal que fica soterrado numa casa destruída durante o blitz; um estudante que sofre de insónias e mergulha num mundo bizarro, sentindo-se ameaçado pelo vizinho do quarto contíguo; um médico que constrói uma máquina de tortura.
O livro dos homens sem luz revisita os clássicos da literatura de mistério e evidencia ecos de Franz Kafka, Paul Auster ou Edgar Allan Poe, com personagens densas, enredos intrincados e desenlaces inesperados. Neste que foi o seu romance de estreia, João Tordo revelava já o fulgor e a solidez que haveriam de o confirmar como um dos mais relevantes escritores do presente.
Os elogios da crítica:
«João Tordo tem uma capacidade enorme de efabulação, que não se encontra facilmente.»
José Saramago
«O romance de estreia de João Tordo parece um livro de mistério, mas é um enunciado pungente sobre a solidão humana.»
Andréia Azevedo Soares, Público (sobre O livro dos homens sem luz)
«Conseguindo tecer, com destreza e imaginação, uma trama que não se esgota no exercício literário, O livro dos homens sem luz […] é uma excelente surpresa.»
Ana Cristina Leonardo, Expresso (sobre O livro dos homens sem luz)
«Um romance surpreendente e arrebatador. […] Em nenhum momento o autor perde o domínio da prosa, a precisão das palavras, a parcimónia dos adjectivos, o rigor da descrição, a invenção surpreendente de situações no limite do verosímil e do suportável […]. Este livro faz-nos bem.»
António-Pedro Vasconcelos, Jornal de Letras (sobre O livro dos homens sem luz)
«Um romance que se abre em escuridão e labareda, para que nos vejamos ao espelho.»
José Tolentino Mendonça (sobre O luto de Elias Gro)
«Uma escrita vibrante, capaz de momentos de grande intensidade expressiva ou de inesperado lirismo.»
José Mário Silva, Expresso (sobre O luto de Elias Gro)
«João Tordo cria dois palcos contíguos, que equilibra entre o atrevimento cruel que o realismo comanda e o clima introspectivo que dele resulta, conjugados com particular desenvoltura e absoluta eficácia.»
Lídia Jorge (sobre O deslumbre de Cecilia Fluss)
«Um romance poderoso, inquietante e profundamente lírico.»
Helena Vasconcelos, Público (sobre Ensina-me a voar sobre os telhados)
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