E, de repente, Portugal desapareceu. Implacáveis, espanhóis e holandeses tomaram conta do Império.
Quando voltámos a ser Portugal, ficámos riquíssimos. De repente, tínhamos ouro, ouro e ainda mais ouro.
Pelo Tejo, entravam naus carregadas com o valioso metal amarelo. Nunca tínhamos visto nada assim.
O Brasil fez esquecer a Índia. Em vez de fazer comércio para arranjar ouro, agora bastava trazê-lo das minas brasileiras. Mas tal como chegava, logo escorria entre os dedos.
Quase parece que Portugal nunca sabe ser rico. Gastámos tudo em luxos inúteis. Magníficos e vistosos, mas inúteis.
Com o terramoto de Lisboa, o país sofreu outro abalo ainda maior.
O Marquês de Pombal pôs mãos à obra e trouxe a modernidade ao Reino. Mas trouxe mais: trouxe o terror.
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