«O Homem reza ao Criador, e pensa que Ele o ouve. Não é uma ideia bizarra?»
Exilado do Céu por escarnecer da obra divina, Satanás decide visitar a Terra para observar a mais recente experiência do Criador: a Humanidade. O que aqui encontra é motivo de tamanha incredulidade, que decide escrever aos arcanjos Miguel e Gabriel, narrando com estranheza e sarcasmo as contradições que orientam a relação entre Deus, injusto e cruel, e os humanos, que lhe prestam adoração irracional. Em tom mordaz e irónico, as missivas denunciam as práticas religiosas do Homem, vazias e fúteis, e os defeitos de um deus que criou o Inferno para negar às suas criaturas o derradeiro alívio das provações a que as submete – a morte.
Em Cartas da Terra, publicadas postumamente, Mark Twain revela um pessimismo e desencanto característicos das suas obras tardias, dando a conhecer outra faceta de um dos autores mais profícuos do século XIX.
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