Preço fixo até 30/09/2018 (?)
«Foi com doze anos que, pela primeira vez na minha vida, ouvi falar de Marcello Caetano. E foi exactamente no dia 25 de Abril de 1974. Encontrava-me em casa com os meus pais e irmãos quando, através do meu padrinho e irmão mais velho do meu pai, António Gonçalves Martinho, fomos informados do golpe de Estado que deu início ao processo de redemocratização portuguesa. O meu pai, Avelino Gonçalves Martinho, nascido no Minho, era salazarista, assim como a maioria dos portugueses que migraram para o Brasil. Como tal, via com pessimismo os acontecimentos na ´terra mãe´. Para ele, a queda de Marcello Caetano significava que o país entraria num período de turbulências e incertezas em substituição da paz, da ordem e da estabilidade até então dominantes.»
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