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Autor

Francisco Carlos Palomanes Martinho

Francisco Carlos Palomanes Martinho é professor livre-docente do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História Social da USP e pesquisador do CNPq desde 2002. É especialista em História da direita e dos regimes autoritários ibéricos.

Publicações mais recentes: A vaga corporativa. Corporativismo e ditaduras na Europa e na América Latina, Lisboa, Imprensa de Ciências Sociais, 2016 (organizado com António Costa Pinto). «Elites políticas e intelectuais e o Ministério do Trabalho - 1931/1945», in Estudos Ibero-americanos, Porto Alegre, Vol. 42, n.º 2, Maio/Agosto 2016. O passado que não passa, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2013 (organizado com António Costa Pinto). «A monografia de um tempo português», in Tempo, Revista do Departamento de História da UFF, Vol. 31, pp. 313-316. «Um outro intelectual: perspectivas historiográficas contemporâneas, in História da Historiografia, Vol. 9, pp. 284-291. Intelectuais do antiliberalismo, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2010 (organizado com Flávio Limoncic). «Corporativismo e organização do trabalho no Estado Novo português», in Didier Musiedlak (org.). Les Expériences Corporatives dans l'Aire Latine, Berne, Peter Lang, 2010, Vol. 53, pp. 325-344. «Os corporativismos português e brasileiro: proximidades e distanciamentos entre a tradição e a modernidade», in Daniel Aarão Reis Filho, Hebe Mattos, João Pacheco de Oliveira, Luis Edmundo de Souza Moraes, Marcelo Ridenti. (org.). Tradições e Modernidades, Rio de Janeiro, Editora FGV, 2010, Vol. 1, pp. 217-230.

fcpmartinho@usp.br

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Marcello Caetano

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«Foi com doze anos que, pela primeira vez na minha vida, ouvi falar de Marcello Caetano. E foi exactamente no dia 25 de Abril de 1974. Encontrava-me em casa com os meus pais e irmãos quando, através do meu padrinho e irmão mais velho do meu pai, António Gonçalves Martinho, fomos informados do golpe de Estado que deu início ao processo de redemocratização portuguesa. O meu pai, Avelino Gonçalves Martinho, nascido no Minho, era salazarista, assim como a maioria dos portugueses que migraram para o Brasil. Como tal, via com pessimismo os acontecimentos na ´terra mãe´. Para ele, a queda de Marcello Caetano significava que o país entraria num período de turbulências e incertezas em substituição da paz, da ordem e da estabilidade até então dominantes.»