Uma das coleções favoritas das crianças portuguesas, com perto de 1 milhão de exemplares vendidos, estreia-se no apelativo formato de novela gráfica. Com o humor e a imaginação habituais do autor, Nuno Caravela, o texto e as ilustrações jogam com o universo da banda desenhada, desafiando as crianças com uma nova linguagem, e piscando o olho a todos os leitores, brincando com os códigos próprios do género. A aproximação à BD vai deliciar os fãs da coleção, e até os pais vão gostar desta incursão do Bando das Cavernas num mundo povoado por onomatopeias, expressões exageradas e muitas surpresas divertidas. O autor revela mais sobre esta aventura.

Porquê uma aventura do Bando das Cavernas em banda desenhada?

NC: A nova série do Bando, no formato Novela Gráfica, surgiu de um desafio que me foi feito pela editora. A ideia é alargar o universo do Bando a outro tipo de livros, neste caso à linguagem muito própria da BD, muito apreciada pelos mais novos e não só.

Qual a tua relação pessoal com o universo da BD e da novela gráfica?

NC: Desde criança que sempre gostei de BD. Muitos dos livros das minhas primeiras leituras autónomas foram em banda desenhada.

Como achas que os fãs da coleção «tradicional» do Bando vão reagir a esta novidade?

NC: Vão ter uma agradável surpresa. É uma oportunidade para verem os nossos amigos do Bando como nunca ninguém os viu antes.

Pela tua experiência, enquanto leitor e escritor, qual a importância de ler diversos géneros e formatos, e contactar com diferentes linguagens?

NC: O objetivo da coleção O Bando das Cavernas é estimular a imaginação e fomentar o gosto pela leitura. Nesta perspetiva, quantos mais géneros, formatos e linguagens diferentes estiverem à disposição dos jovens leitores maior a probabilidade de cada um deles encontrar o livro que mais lhe agrada. No final, o importante é que descubra o prazer de ler.

Para onde caminha O Bando das Cavernas? Que futuro imaginas para a coleção?

NC: O Bando continuará a viver as suas aventuras enquanto os seus leitores e leitoras quiserem. Mas o que eu gostava mesmo era que ele caminhasse além fronteiras. É que, independentemente da cultura, as crianças são iguais em todo o mundo.