Jean-Jacques Rousseau
Jean-Jacques Rousseau nasceu em Genebra em 1712. Um dos mais importantes filósofos do período Iluminista, a sua visão da forma como se faz política foi determinante para a Revolução Francesa e para muitos aspetos das sociedades modernas, como a economia, a política e a pedagogia. Órfão de mãe desde o nascimento, aprendeu com o pai, calvinista, o ofício de relojoeiro. Aos 16 anos, foge da sua cidade natal e, convertido ao Catolicismo, erra por França e pela Sardenha até se estabelecer, em 1732, em Chambéry, na casa da Madame de Warens, onde explora o seu interesse pela música e filosofia e que recordaria para sempre como um lugar idílico. Mais tarde, partirá para Paris, onde conhece Diderot, que lhe encomenda várias entradas para a Enciclopédia. A partir de 1750, os seus escritos adquirem um tom mais contestatário, o que lhe valerá alguns conflitos com a Igreja e, também, a rutura com Diderot e Voltaire. Os anos seguintes são de grande produção intelectual: em 1755 publica Discurso Sobre a Origem e Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens. Em 1761, publica Heloísa, romance que lhe granjeou enorme sucesso, e, em 1762, escreve o ensaio de pedagogia Emílio. Nesse mesmo ano, expõe as suas ideias de Estado social e de soberania em Do contrato social. Nesse mesmo ano, as suas obras são consideradas uma ameaça à moral e aos bons costumes em França, o que o leva a refugiar-se, em Inglaterra, das perseguições de que foi alvo. Regressa a França pouco depois, vivendo o resto dos seus dias numa certa reclusão social. Em 1770, termina a sua obra magistral, Confissões. Morreu, em Ermenonville, França, em 1778.