O primeiro e mais ambicioso romance de James Baldwin. Inspirado na juventude do autor, retrata a luta dramática de um jovem procurando desenhar a sua individualidade no seio de uma comunidade segregada.
Se o disseres na montanha, publicado em 1953, é o romance que revelou ao mundo o génio de James Baldwin. Romance inaugural da sua obra de ficção, constituiu-se desde logo como marco para muitos outros escritores, ao mesmo tempo que foi conquistando o lugar de clássico da literatura americana. Neste seu primeiro romance, Baldwin dá voz a John Grimes, um rapaz de catorze anos posto perante um dilema num sábado de Março de 1935, no Harlem nova-iorquino. Prestes a fazer catorze anos, na véspera de um sermão na montanha, John está numa encruzilhada que tanto pode ser uma crise como uma epifania. John quer para si um destino diferente daquele que a família e a comunidade lhe reservaram: o de seguir os passos do padrasto, ministro da Igreja Pentecostal. Mas, numa comunidade discriminada, a liberdade de escolher pode não estar nas suas mãos. Ou pode condená-lo a uma segregação ainda mais profunda, dentro de si e entre os seus semelhantes.
Com uma precisão lírica e um poderoso simbolismo, com fúria e compaixão, Baldwin espelha em John a luta que ele próprio travou pela autodeterminação – emocional, moral e sexual -, transformando a sua história individual na odisseia colectiva de um povo marcado pela segregação. Ao escrever Se o disseres na montanha, James Baldwin não só criou novas possibilidades para a literatura americana como permitiu aos americanos despertar para uma nova forma de se verem a si mesmos.
Os elogios da crítica:
“Um livro singular, de um realismo brutal, e de extraordinária sensibilidade e lirismo.”
Chicago Sunday Tribune
“Com imagens vívidas e uma exuberante atenção ao detalhe, Baldwin contou a sua história urgente.”
The New York Times
“Um romance feroz, objectivo e humano.”
San Francisco Chronicle
“O autor não perdeu contacto com as origens da sua identidade – o que faz com que a sua obra possa ser lida e apreciada por uma comunidade de leitores mais vasta e diversa do que qualquer outro autor americano.”
The Nation
“Nas tuas mãos, o verbo fez-se bonito outra vez. Nas tuas mãos, vimos como deve ser a palavra: nem sem sangue, nem sangrenta, mas viva. (#) Os milhares e milhares que se permitiram seduzir pela tua palavra, nesse mesmo gesto fizeram-se mais nobres, civilizados.”
Toni Morrison, na eulogia a James Baldwin
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