Nem todas as baleias voam (Livro de Bolso)
10,76€«Não abras as gaiolas dos pássaros, senão eles morrem de liberdade.»
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Preço livre (?)
Um poderoso romance sobre identidade, raça e família. Uma obra contundente de uma impressionante nova voz da literatura brasileira.
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Chancela Companhia das Letras
Autor(a) Jeferson Tenório
ISBN 9789897841934
Data de publicação Abril de 2021
Páginas 200
Apresentação capa mole
Dimensões 145x230mm
Coleção Companhia Das Letras
Idade recomendada Adultos
“É necessário preservar o avesso, você me disse. Preservar aquilo que ninguém vê. Porque não demora muito e a cor da pele atravessa nosso corpo e determina nosso modo de estar no mundo.” Agora que o pai morreu, inesperada e precocemente, Pedro tem pouco mais a que se agarrar senão aos ensinamentos e às memórias deixadas pelo pai, professor de Literatura na rede de ensino público. E homem negro, num país que julga os homens e as mulheres pela cor da pele. Esvaziado pela ausência, Pedro retraça os passos de Henrique nas ruas, procura vestígios seus nos pertences deixados no apartamento. Reduzido por vontade da mãe a uma relação intermitente com o pai, resta a Pedro a possibilidade de reconstruir ou imaginar o passado de Henrique – enquanto homem, enquanto pai – para, pelo caminho, procurar o entendimento de si próprio. Nesta rota íntima de Pedro, Jeferson Tenório faz uma delicada investigação das relações entre pais e filhos, ao mesmo tempo que esboça um retrato poderoso de um país sulcado pela segregação e pela pobreza, em que muitos não podem mostrar – por vezes, nem sentir – o seu avesso, esse espaço onde “entre músculos, órgãos e veias existe um lugar só seu, isolado e único”. Com uma sensibilidade invulgar para lidar com os matizes das relações e uma inquietante habilidade para expor a questão racial sem ser didático ou panfletário, Jeferson Tenório afirma-se neste romance como uma das vozes mais potentes e corajosas da literatura brasileira contemporânea. Sobre O avesso da pele: «É o olhar incisivo com que Jeferson Tenório descreve as várias matizes das relações humanas, sobretudo da relação entre pais e filhos, que tornam O avesso da pele um romance tão extraordinário. (…) O livro analisa com grande profundidade, beleza e delicadeza um tema que é muito mais complexo do que pode parecer, lembrando que, embora pese a urgência de mudar uma sociedade onde tanta coisa permanece errada, não basta curar as feridas superficiais. É preciso também curar as que estão do lado de dentro, escondidas sob a pele.» «Não é de graça que Tenório é tão bem acolhido pelo público e pela crítica. Ele não faz turismo, safári social, na desgraça geral do país, não faz da crítica à desigualdade um truque, um atalho apelativo e barato, panfletário, para ter mais aceitação, reconhecimento. Estamos diante de um escritor que, correndo todos os riscos, sabe arquitetar uma boa trama e encantar o leitor. Eu agradeço, a literatura brasileira agradece.» «Uma obra necessária, contundente, que nos humaniza ao mesmo tempo em que nos tira qualquer inocência diante da máquina racista que não para de destruir vidas das mais diversas formas.» «Sucinta saga familiar negra contemporânea, O avesso da pele constrói um aguçado e potente relato sobre relacionamentos, paternidade e a existência numa sociedade forjada pelo racismo.» «Tenório recusa, por meio da literatura, o espetáculo da violência e a necessidade de idealização do homem negro para tornar sua morte mais intolerável. Ele nos mostra que é sua vida em si mesma, marcada pelas condições mais desumanizadoras possíveis, que deveria sempre tornar sua morte injustificável – pois a grande obra dos homens negros em um mundo racista é a sua própria vida.»
Rita Cipriano, Observador
Paulo Scott
Miguel Sanches Neto, Jornal de Letras
Sérgio Luz, Globo
Fernanda Sousa, Folha de S. Paulo
«Não abras as gaiolas dos pássaros, senão eles morrem de liberdade.»
Partindo da música e da literatura, João Tordo regressa ao ensaio, com um conjunto de textos onde explora a relação humana com a espiritualidade e a religião, assim como o medo que nos limita, o optimismo que nos impele, a melancolia que nos afunda e a possibilidade da alegria e da comunhão.
Uma fábula poética inspirada em dois contos de José Saramago, pela pena de um dos mais premiados escritores portugueses do nosso tempo.
Ao vigésimo livro, João Tordo regressa à cidade onde tudo começou, para construir uma narrativa atravessada de mistério, solidão e ternura.
«João Tordo tem uma capacidade enorme de efabulação, que não se encontra facilmente.»
José Saramago,
na atribuição do Prémio Literário José Saramago
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